MARTIM MONIZ
Esta praça, com vista para o castelo, é onde se cruza o maior número de etnias na cidade. É o centro de uma mini “Chinatown” e um terminal do famoso Electrico 28.
Esquecida durante anos, foi revitalizada em 2012 como mercado de comida de rua. Foram instalados vários quiosques de comida rápida com esplanadas, servindo os sabores das várias culturas presentes no bairro (chineses, indianos, africanos, entre outros).
A linha de fontanários que atravessa a praça é uma referência à antiga cerca que subia daqui a colina.
MIRADOURO PORTAS DO SOL
A vista daqui é digna de um postal ilustrado. É uma varanda com vista panorâmica sobre Alfama, de onde se pode ver o Mosteiro de São Vicente de Fora, o Panteão Nacional e a Igreja de Santo Estevão. Qualquer turista pára para fotografar, acabando depois por ficar na esplanada junto ao quiosque, ou na esplanada Portas do Sol no terraço de baixo.
Ao centro, virada para o Museu das Artes decorativas, está uma estátua de São Vicente (o santo padroeiro de Lisboa), com os símbolos da cidade - uma barca com dois corvos.
É daqui que se tem a melhor vista do nascer do sol, e é onde se começa um belo passeio pelas ruas de Alfama.
ALFAMA
Este bairro medieval (que já foi uma judiaria e uma comunidade piscatória) é o bairro mais antigo da Europa, depois de El Pópulo em Cádis. É uma pequena aldeia ou medina no meio da capital, e uma relíquia dos tempos anteriores ao grande terramoto de 1955. Escapou à catástrofe graças aos seus sólidos alicerces na colina mais alta da cidade, que se estende até ao bairro da Graça.
É um bairro para se perder por becos e largos, deixando-se guiar pelos sentidos: vendo estendais nas varandas e fantásticas vistas do Tejo, cheirando peixe a assar na esquina, ouvindo os sons do Fado do interior de um restaurante típico, saboreando pratos tradicionais e tocando em magníficos painéis de azulejos. Este é o bairro mais pitoresco de Lisboa e a verdadeira alma da cidade.
Aqui a vida continua como há séculos atrás, mas descendo até ao rio entra-se novamente no século XXI, com antigos armazéns agora convertidos em alguns dos espaços mais na moda na cidade.
MIRADOURO DA GRAÇA
Este romântico miradouro à sombra de pinheiros atrai jovens à sua esplanada, que oferece uma fantástica vista do castelo e do Tejo.
Apesar de todos lhe chamarem Miradouro da Graça, o nome oficial é Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, a poetisa falecida em 2004, que passou aqui muitos dos seus dias a admirar Lisboa. Um dos seus poemas pode ser lido numa parede virada para o seu busto em bronze, que se encontra a observar a cidade. Atrás está a Igreja da Graça, do século XVIII.
MIRADOURO DA NOSSA SENHORA DO MONTE
Já foi um dos maiores segredos da cidade, mas tem vindo a ser descoberto por guias turísticos e por casais de namorados. Oferece uma vista panorâmica de Lisboa, que também é observada por uma pequena imagem da Virgem que dá o nome ao miradouro. Por trás da imagem está uma pequena capela do século XVIII, que se encontra quase sempre fechada. Conta uma lenda antiga que as grávidas que se sentassem na cadeira de pedra no interior teriam os partos facilitados.
Este é um dos pontos mais altos da cidade, por isso avistam-se vários monumentos, identificados num painel de azulejos.
O miradouro é muito procurado ao pôr-do-sol, mas durante o dia há também quem fique horas à sombra das oliveiras, ciprestes e pinheiros-mansos.
PARQUE EDUARDO VII
O maior parque do centro de Lisboa sobe uma das colinas da cidade, oferecendo uma das mais belas vistas da capital.
Entre o vasto relvado encontra-se uma estufa criada nos anos 30, com várias espécies de plantas vindas de climas tropicais. É um dos espaços verdes mais importantes de Lisboa, considerado um autêntico museu vivo. Além de pequenos lagos e cascatas, obras de estatuária e centenas de espécies de plantas, esconde ainda uma estufa quente. No lado oposto vê-se um edifício com um exterior coberto de azulejos, que foi dedicado a Carlos Lopes (vencedor da maratona das Olimpíadas de Los Angeles), e que em breve será reabilitado para a realização de eventos culturais e desportivos.
É neste parque que se realiza a anual feira do livro, durante vários dias do mês de junho.
O parque foi batizado com o nome de Eduardo VII, o monarca inglês que visitou Lisboa em 1903, cinco séculos depois da Aliança Luso-Britânica.
No topo norte, onde se encontra um miradouro, está hasteada uma enorme bandeira de Portugal com 20 metros, e o Monumento ao 25 de Abril, inaugurado em 1997.
RESTAURADORES
Esta praça lembra a restauração da coroa portuguesa após 60 anos de domínio espanhol com um obelisco monumental no centro.
À sua volta estão vários edifícios elegantes, entre os quais o Palácio Foz, um belo palácio do século XVIII.
Ao lado vê-se um dos mais emblemáticos elevadores de Lisboa, o Elevador da Glória que liga esta parte da cidade ao Bairro Alto.
ROSSIO
Mais conhecida por Rossio, a Praça Dom Pedro IV é a praça que marca o centro da cidade. Tem uma bela calçada portuguesa, que foi reproduzida em várias partes de Portugal, no Rio de Janeiro e em Macau, e é muito movimentada a qualquer hora do dia.
Foi palco das fogueiras da Inquisição, e no início do século XX era onde intelectuais se reuniam em cafés, como o Nicola, que ainda existe. É também onde se encontra o teatro neoclássico Dona Maria II, e um monumento a Dom Pedro IV com 27 metros de altura entre duas fontes barrocas monumentais.
CHIADO
Chiado é o bairro mais elegante de Lisboa e está sempre na moda. É onde todos marcam encontro para um café, para ir às compras, ou como ponto de encontro antes de um jantar no Bairro Alto.
A maioria dos edifícios foram originalmente construídos no século XVIII, e muitos foram reabilitados nos anos 90 pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, depois de um devastador incêndio em 1988. É um bairro que nos leva numa viagem até aos finais do século XIX e princípio do século XX, a "Belle Époque" quando escritores como Fernando Pessoa e Eça de Queiroz frequentavam os seus cafés. É também o bairro dos teatros, de livrarias antigas e de marcas internacionais, dando-lhe um ambiente animado e cosmopolita a qualquer hora do dia.
BAIRRO ALTO
Bairro Alto, um bairro criado em 1513, muda verdadeiramente da noite para o dia. Durante o dia é um bairro adormecido, ressacado da noite anterior, com muito pouco a acontecer a não ser nas lojas da Rua do Norte. Acorda quando o sol se põe, com os restaurantes a abrirem as portas e jovens a prepararem-se para mais uma noite de bar em bar.
Os bares são pequenos, forçando os notívagos a espalharem-se pelas ruas estreitas, criando um ambiente de festival de rua. A Rua da Atalaia, a Rua do Diário de Notícias e a Rua da Barroca enchem-se de jovens de caipirinha na mão, misturando diferentes tribos urbanas, hetero e gay.
É um bairro habitado por idosos e boémios, dando-lhe um ambiente que é simultaneamente tradicional e de vanguarda, um lugar que não precisa de nome - é simplesmente "o bairro" onde tudo acontece - à noite.
Atravessando a Calçada do Combro entra-se no pequeno bairro da Bica, conhecido pelo seu famoso ascensor. É mais um bairro pitoresco que desce a colina, juntamente com o bairro de Santa Catarina logo ali ao lado, este conhecido pelo seu miradouro.
MIRADOURO DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
Todos os miradouros de Lisboa são românticos, mas este é o mais romântico de todos. É um terraço ajardinado com bustos de figuras históricas, de onde se tem uma vista do castelo, da Baixa e do Tejo. Tem ainda uma fonte e esplanadas de quiosques, de onde se pode admirar toda a beleza da cidade.
Ao lado do terraço encontra-se o Elevador da Glória a subir e a descer a colina.
RUA COR-DE-ROSA
Rua Nova do Carvalho é uma rua pedonal, mais conhecida por “Rua Cor-de-Rosa”, depois de um projeto de intervenção urbana em 2013, em que o pavimento entre as esplanadas, bares e discotecas foi pintado de rosa. Passou a ser uma das ruas mais movimentadas à noite, e é também uma “galeria de arte ao ar livre”.
A vizinhança queixa-se do ruído e da sujidade causada pela diversão noturna, mas esta rua é hoje o centro da noite lisboeta. O New York Times até colocou-a numa lista das suas doze ruas preferidas na Europa. É uma rua que convida lisboetas e turistas, que ficam até de madrugada a beber na rua ou a dançar numa das discotecas.