A capela dos Ossos faz parte da Igreja de São Francisco. Foi construída na primeira metade do século XVII, no antigo dormitório dos frades franciscanos. A quem nela entrar, a ideia é provocar uma reflexão sobre a brevidade e transitoriedade de nossas vidas.
Em seu interior, as paredes são todas – sem exceção – revestidas com ossos e caveiras humanas.
Apesar de ficar dentro da Igreja de São Francisco, há uma entrada separada (na parte de fora da Igreja) para visitar a Capela dos Ossos, pois a entrada da capela dos Ossos é paga e enquanto a entrada da Igreja de São Francisco é gratuita.
O ingresso da Capela dos Ossos também dá direito a visitar um pequeno museu e uma coleção bem bonita de presépios, há dezenas deles expostos.
Depois de visitar a coleção de presépios, há uma saída para uma espécie de varanda, com vista para a cidade de Évora. Desse ponto temos uma boa vista do Palácio de Dom Manuel.
SÉ CATEDRAL DE ÉVORA
Igreja fortificada de traça gótica, a Sé de Évora é a maior catedral de Portugal. Iniciada em 1186, consagrada em 1204, e desde logo usada como um dos grandes templos do culto mariano, só ficou pronta em 1250. É um monumento que exibe a transição do estilo românico para o gótico, com posteriores adições renascentistas e barrocas.
A fachada é flanqueada por duas torres, ambas do período medieval, estando os sinos colocados na torre sul. Na torre norte, encontra-se parte do valioso tesouro pertencente ao Museu de Arte Sacra, com peças únicas de valor incalculável – como a imagem da Virgem do Paraíso, figura da Virgem com o Menino que se abre a partir do colo e exibe um retábulo historiado com várias cenas do Nascimento e da Paixão. O notável zimbório central, construído no final do século XIII durante o reinado de D. Dinis, é o seu autêntico ex-libris. O pórtico principal constitui um dos mais impressionantes portais góticos portugueses, com as esculturas de vulto dos Apóstolos feitas no século XIV por Mestre Pêro, o principal nome da escultura gótica do país. Além do pórtico principal existem duas outras entradas: a Porta do Sol, virada a sul, com arcos góticos; e a Porta Norte, reedificada no período barroco.
O interior está distribuído por três naves com cerca de 80 metros de comprimento. Na nave central pode ver-se o altar de Nossa Senhora do Anjo (conhecida localmente como Nossa Senhora do Ó), com imagens em mármore policromado da Virgem e do Anjo Gabriel. O altar do século XVIII e a capela-mor em mármores de Estremoz são obras barrocas de J. F. Ludwig, conhecido como Ludovice, que foi o arquiteto do Palácio de Mafra ao serviço do rei D. João V (1706-1750). Na capela, está exposto por cima da pintura de Nossa Senhora da Assunção um belo crucifixo conhecido como “Pai dos Cristos”.
No transepto, acede-se às antiquíssimas Capelas de São Lourenço e do Santo Cristo e às Capelas das Relíquias e do Santíssimo Sacramento, decoradas com adornos de talha dourada. No topo norte, encontra-se o espetacular portal renascentista da Capela dos Morgados do Esporão. E no coro-alto destaca-se um valiosíssimo cadeiral renascentista esculpido em madeira de carvalho e um órgão de grandes proporções, também do século XVIII.
Pode ainda visitar-se o claustro gótico de 1325 e subir ao terraço, de onde se avista um belo panorama sobre toda a cidade de Évora, uma vez que a Sé está implantada no seu ponto mais elevado.
UNIVERSIDADE DE ÉVORA
A criação da Universidade de Évora remonta ao século XVI quando o Cardeal D. Henrique, 1º Arcebispo de Évora, com autorização do rei D. João III, mandou construir um edifício para alojar uma comunidade de seminaristas Jesuítas. Em 1553, as instalações foram alargadas, tendo sido erigido o Claustro da Botica, que deu origem ao Colégio do Espírito Santo, administrado pela Companhia de Jesus. A primeira aula foi leccionada a 28/8/1553. Passados 6 anos, a 15/4/1559, foi criada a 2ª universidade em Portugal através da Bula Papal Cum a Nobis, emitida pelo Papa Paulo IV. A primeira abertura solene do ano académico decorreu no Dia de Todos os Santos em 1 de novembro de 1559.
Dois anos mais tarde, iniciou-se um novo alargamento do edifício com a construção do Pátio dos Gerais. Na época, a universidade estava autorizada a lecionar todas as matérias com exceção da Medicina, do Direito Civil e parte do Direito Canónico. Os ensinos inicialmente foram de Filosofia, Moral, Escritura, Teologia Especulativa, Retórica, Gramática e Humanidades. Mais tarde, no reinado de D. Pedro II foi introduzido o ensino da Matemática, da Geografia, da Física e da Arquitetura Militar.
Após 200 anos de destaque pelo seu papel de formação de elites e de missionários do reino, a universidade foi encerrada, a 8 de fevereiro de 1759, pelo Marquês do Pombal e os jesuítas foram expulsos de Portugal. Nos 200 anos seguintes, a Universidade de Évora permaneceu encerrada até à sua recriação em 1973, voltando a abrir as suas portas como Universidade pública. Durante este período muitas outras instituições de vocação pedagógica passaram por este belo edifício de forma isolada ou em regime de coabitação: Professores Régios da Reforma Pombalina (1762), a Ordem Terceira de S. Francisco sob a protecção de Frei Manuel do Cenáculo (1776), a Real Casa Pia (1836), O Liceu Nacional (1841), a Escola Comercial e Industrial (1915) e o Instituto Universitário de Évora (1973).
Nos dias de hoje, a Universidade de Évora, é uma instituição moderna e inovadora, afirmando-se pela qualidade da investigação e dos ensinos que ministra aos seus alunos, seguindo o lema de Luís de Camões "Honesto estudo com longa experiência misturado", concilia o largo passado de tradição pedagógica, cultural e científica com as avançadas exigências da modernidade e da tecnologia, oferecendo um variado leque de opções de formação nas áreas humanísticas, cientificas, tecnológicas e artísticas.
PRAÇA GIRALDO
Em Évora, todos os caminhos vão dar à Praça do Giraldo. Sempre foi assim desde a sua construção, em 1571/1573.
A Praça do Giraldo é um ícone de homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, pois este conquistou Évora aos mouros em 1167. Em agradecimento por este enorme feito, D. Afonso Henriques nomeou-o alcaide da cidade e fronteiro-mor do Alentejo, região que ajudaria a conquistar.
No brasão de Évora podemos ver Geraldo Geraldes com a espada em punho, a cavalo, e a seus pés as cabeças do mouro e a sua filha que residiam no castelo que o guerreiro atacou e onde se apoderou das chaves da cidade.
Depois da cidade de Évora estar na posse da coroa portuguesa, o património constituído por esculturas e um arco do triunfo foram mandados destruir para então edificar a fonte que agora permanece um dos centros de atenções dos eborenses e dos turistas na Praça do Giraldo.
MUSEU DE ÉVORA
O Museu de Évora, remodelado em 2009, tem mais de 100 anos. O interior do próprio edifício é já merecedor de uma visita. A coleção iniciou-se com artigos recolhidos pelo Dr. Augusto Filipe Simões durante a década de 1870, contendo peças romanas, visigóticas e árabes antes parte do Templo Romano, Palácio D. Manuel e Praça do Giraldo.
Hoje em dia, o destaque do Museu de Évora vai para um conjunto de 13 painéis que representam a Vida da Virgem e 6 painéis mais pequenos da Paixão de Cristo pintados em meados do século XV por desconhecidos da escola de Bruges. Para além destas peças, poderá ainda ver pinturas de artistas conhecidos como Francisco Henriques, Garcia Fernandes, Mestre do Sardoal, Theniers, Avercamp, Avelar Rebelo,… Relevantes ainda são a estatuaria romana e aras votivas (pedras erigidas em memória de alguém), túmulos da época medieval, o azulejo da Anunciação da Virgem, o Esmalte de Limoges,… Ao todo, mais de 20.000 objetos dos mais variados temas.
AQUEDUTO DAS ÁGUAS DE PRATA
O Aqueduto da Água de Prata de Évora (Aqueduto da Prata) é, pelo seu tamanho, um dos monumentos mais evidentes e impressionantes da cidade. Ele não nos deixa esquecer o engenho que foi preciso para dar de beber a todos os eborenses desde tempos remotos. Por essa mesma e outras razões, é Monumento Nacional desde 1910.
A construção do Aqueduto da Água de Prata foi iniciada, por ordem de D. João III, em 1532. Sob direção do arquiteto régio Francisco de Arruda, foram feitos 18km de aqueduto desde a Herdade do Divor, onde vai abastecer de água, até ao centro de Évora.
As canalizações e arcadas de granito de estilo renascentista assentaram, muito provavelmente, sobre o antigo aqueduto romano. Terminado em 1537, a inauguração do Aqueduto da Água de Prata foi feita com pompa e circunstância na presença do rei e da corte, na Praça Giraldo, onde então se construiu uma fonte com leões de mármore associada a um arco de triunfo romano (ambos substituídos mais tarde na remodelação henriquina da praça). No lugar da fonte dos leões está a atual fonte da Praça do Giraldo.
Mas este aqueduto de Évora tinha ainda outras partes que, para além da óbvia função, embelezavam o centro histórico da cidade. Até 1873, um belo pórtico renascentista chamado de Fecho Real do Aqueduto encontrava-se perto da Igreja de São Francisco.
Algumas das mais evidentes alterações do Aqueduto da Prata ao longo dos séculos foram os vários chafarizes e fontes que se acrescentaram ao longo do percurso pelo centro histórico de Évora. Eram abastecidos pela gravidade por esta antiga rede distribuidora de água. Exemplos destes acrescentos são a fonte das Portas de Moura, a da Praça do Giraldo, a das Portas de Avis, a do Chão das Covas e o chafariz e tanques do Rossio de S. Brás.
No século XVII, foi necessário restaurar o Aqueduto da Água de Prata devido às guerras da Restauração. Outras obras ocorreram nos séculos XIX e XX, mas não alteraram o traço geral original.
CONVENTO E IGREJA DOS LÓIOS
A Igreja dos Lóios, ou Igreja de São João Evangelista, é monumento nacional desde 1910. Pertenceu ao Convento dos Lóios ou Convento de São João Evangelista, construído no século XV sobre o que restava de um castelo medieval.
A Igreja dos Lóios foi erguida a mando do primeiro Conde de Olivença, D. Rodrigo Afonso de Melo, no ano de 1485. Estava destinada a ser o panteão da família Melo e de facto a sua intenção confirma-se através dos vários sepulcros que aí se encontram. Entre eles, na Capela do Santíssimo, o esplendoroso túmulo de Francisco de Melo, obra renascentista de Nicolau de Chanterene.
As lajes, em mármore branco, são de uma beleza extraordinária. Nelas se podem ver as figuras dos seus fundadores representadas em baixo relevo.
O Convento dos Lóios tem uma planta retangular e desenvolve-se em volta de um belo claustro de dois pisos. O inferior é de estilo gótico-manuelino, de influência árabe; o piso superior já evidencia características do período renascentista. Na sua fachada encontram-se elementos góticos e neoclássicos.
A igreja do convento, a Igreja dos Lóios, é toda ela em estilo manuelino e encontra-se um pouco recuada em relação ao convento. Observe-a bem. Tem uma nave de cinco tramos retangulares e está coberta por uma abóbada nervurada. No seu interior, as paredes encontram-se revestidas por magníficos painéis azulejares, datados do século XVIII. Na fachada da igreja, em ângulo com a do Convento dos Lóios, um alpendre aberto por arco abatido e coberto por uma abóbada polinervada estrelada antecede a entrada.
MURALHAS DE ÉVORA
As Muralhas de Évora são uma das delícias da cidade e têm o poder de nos transportar a tempos imemoriais. Estão classificadas como monumento nacional desde 1922 e são parte integrante do conjunto do Centro Histórico de Évora Patrimonio Mundial UNESCO.
Évora é uma das poucas cidades de Portugal que, ao longo dos tempos, tem conservado as suas antigas muralhas quase intocadas. Foi D. Afonso IV de Portugal quem ordenou as obras de construção das Muralhas de Évora, no século XIV.
No seu conjunto, a cerca é constituída pelas torres e panos de muralha que marcam os limites da cidade medieval. Temos, então, as Torres da Rampa dos Colegiais, do Baluarte de São Bartolomeu, do Jardim Publico de Évora, das Portas de Aviz, as que ficam situadas perto do Convento do Calvário, e entre o Baluarte do Conde de Lippe e o Quartel de Cavalaria.
As Muralhas de Évora, também conhecidas como cerca romana, constituem um conjunto defensivo, de arquitetura militar, que foi sendo erguido ao longo de séculos.
A cerca mais antiga foi construída no século III, aquando do período da romanização, e estende-se por uma área de cerca de dez hectares com perto de dois mil metros de comprimento. Circundava a parte mais alta da cidade, onde hoje fica situada a Sé Catedral de Évora.
O centro histórico de Évora, bem delimitado pela cerca exterior, mantém-se ainda hoje como o centro político, administrativo, económico e social da cidade.
MIRADOURO DO ALTO DE SÃO BENTO
O Alto de S. Bento, é um notável geo-sítio situado a cerca de três quilómetros do Centro Histórico e conhecido entre a população como o miradouro da cidade, que vista lá de cima parece estender-se a seus pés. Foi esta característica, aliada ao microclima existente, que concorreu para que o lugar se tornasse procurado e fruído por grande número dos habitantes. Nomeadamente quando, a partir de finais do século XIX, se alargou a estrada que lhe dava acesso e posteriormente se construiu a ligação rodoviária a Arraiolos.
FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA (EXCLUSIVO PREMIUM)
A Fundação Eugénio de Almeida é uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Os seus Estatutos foram redigidos pelo próprio Fundador, o Engº Vasco Maria Eugénio de Almeida, aquando a sua criação, em 1963.
A missão institucional da Fundação concretiza-se nos domínios cultural e educativo, social e assistencial, e espiritual visando o desenvolvimento e elevação da região de Évora.
De entre o seu património, doado pelo Instituidor para ser o alicerce económico do desenvolvimento da missão, destacam-se um conjunto de propriedades rústicas no concelho de Évora nas quais a Fundação desenvolve um projecto agro-pecuário e industrial.
Prosseguindo a exploração da vinha, que desde tempos imemoriais se faz na região, a Fundação Eugénio de Almeida é também herdeira de uma longa história no sector vitivinícola, pois desde o final do Séc. XIX que a cultura da vinha faz parte da tradição produtiva da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.
ADEGA DA CARTUXA (EXCLUSIVO PREMIUM)
A Adega da Cartuxa, na Quinta de Valbom está intimamente ligada à Companhia de Jesus.
Fundada por Santo Inácio de Loiola em 1540, a Ordem tinha uma vocação missionária ligada ao ensino, tendo sido justamente nessa vertente que mais se destacou a sua presença em Évora, primeiro com a criação do Colégio Espírito Santo por volta de 1551 e, posteriormente, com a criação da Universidade, em 1559. No ano de 1580 o padre jesuíta Pedro Silva, reitor da Universidade, quis adquirir a Quinta de Valbom para aí alojar o corpo docente da Universidade. A construção do que viria assim a ser a Casa de Repouso dos Jesuítas demorou cerca de 10 anos e resultou num edifício com múltiplos alojamentos, refeitório e capela.
Em 1759, com a expulsão da Companhia de Jesus do país pelo Marquês de Pombal, a Quinta, com a sua edificação, passou a integrar os bens do Estado tendo, alguns anos mais tarde (1776), e pela primeira vez, sido equipada com um lagar de vinho que rapidamente ganhou importância na região.
A proximidade do Mosteiro da Cartuxa, erigido em meados do séc. XVI, determinou a designação por que ficou conhecida até aos dias de hoje a Adega Cartuxa. Em 1869 o bisavô do instituidor, José Maria Eugénio de Almeida, adquiriu a Quinta, colocada à venda no contexto do longo processo de aplicação das políticas liberais de Mouzinho da Silveira com a nacionalização dos bens da Igreja e da Coroa e a sua posterior venda a particulares. Depois da sua morte viria a ser o seu filho, Carlos Maria Eugénio de Almeida, avô do fundador, a empenhar-se na continuidade e expansão da produção da Casa Agrícola Eugénio de Almeida.
Foi da sua iniciativa a plantação dos vinhedos que constituíram a origem mais remota dos vinhos da Fundação. Com a expansão e sucesso progressivos da produção vitivinícola da Instituição, a Adega da Cartuxa, instalada no antigo refeitório da Casa de Repouso dos jesuítas foi sendo alvo de melhoramentos. Desses, destaca-se a grande reestruturação que ocorreu entre 1993 e 1995, e que permitiu o reequipamento e ampliação de todos os setores da adega aumentando-se de forma considerável o seu potencial de vinificação e a sua capacidade de armazenagem.
De anteriores equipamentos, hoje em desuso mas inovadores na altura em que foram introduzidos, existem ainda exemplares devidamente conservados como é o caso das ânforas argelinas para a fermentação dos tintos, (cubas construídas em betão, com auto-vinificadores) e dos depósitos em cimento onde decorria a fermentação dos vinhos brancos. Estes depósitos de armazenamento, construídos em cimento e, mais tarde revestidos no seu interior a resina para anular a porosidade do cimento, remontam à década de 50 do século passado, período pré e pós guerra, em que o seu uso era prática comum.
A nova Adega Cartuxa, situada na Herdade de Pinheiros, permite receber a totalidade da uva produzida nas vinhas da Fundação, e tem na sua génese três premissas tecnológicas que a distingue das demais: efetiva capacidade de refrigeração; possibilidade de triagem na totalidade da uva à entrada na adega e movimentação e transferência de massas unicamente por gravidade.
Da linha de engarrafamento totalmente automatizada instalada na Adega Cartuxa saem anualmente cerca de quatro milhões de garrafas, distribuídas por vinho branco, rosé e tinto das marcas Vinea Cartuxa, EA, Foral de Evora, Cartuxa, Scala Coeli e o mítico Pêra-Manca.
ENOTECA DA CARTUXA
Ao património cultural e vitivinícola da Fundação Eugénio de Almeida junta-se o legado da gastronomia alentejana, em pleno Centro Histórico de Évora. Com uma arquitetura de linhas depuradas, sublinhada pelo branco das paredes e pelos tons da madeira e do vermelho do mobiliário, a Enoteca da Cartuxa evoca o ambiente informal de uma taberna, trazendo-o para a contemporaneidade.
Surpreenda-se ao descobrir a harmonia perfeita entre os vinhos da Adega da Cartuxa e a cozinha regional interpretada e reinventada de forma atual. Todo o portefólio vínico da Adega da Cartuxa está à sua disposição, também a copo.
Na loja da Enoteca pode encontrar também os azeites do Lagar da Cartuxa - EA e Cartuxa – e ainda uma seleção de produtos gourmet da região.
Este é um espaço pensado para os eborenses e para todos aqueles que visitam esta cidade Patrimonio Mundial.
Se desejar, podemos marcar uma refeição para si na Enoteca da Cartuxa.
CASAS PINTADAS (EXCLUSIVO PREMIUM)
As Casas Pintadas devem o seu nome ao singular conjunto de frescos quinhentistas que decora a galeria e o oratório anexo integrados no jardim. Estão classificadas como Imóvel de Interesse Público desde 1950.
À época da execução dos frescos, as Casas Pintadas pertenciam a D. Francisco da Silveira, 3º Coudel-mor de D. Manuel I e de D. João III e um poeta de referência no Cancioneiro Geral.
Em finais do século XVI, as Casas Pintadas foram anexadas ao Palácio da Inquisição para servir de moradia aos juízes do Santo Ofício.
No século XIX existiu no conjunto habitacional das Casas Pintadas um teatro denominado “Teatro Eborense”, a primeira sala pública de espetáculos de Évora.
No início da década de sessenta do século XX, Vasco Maria Eugénio de Almeida, Instituidor da Fundação, adquiriu o imóvel que adaptou e cedeu para residência da Companhia de Jesus em Évora. Os sacerdotes jesuítas foram responsáveis pela coordenação científica do ISESE (Instituto Superior Económico e Social de Évora), criado em 1964, que funcionava no contíguo Palácio da Inquisição, já então propriedade da Fundação e que acolhe hoje o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.
As decorações da galeria do jardim são das mais interessantes manifestações artísticas do género existentes em Portugal e um exemplar único da pintura mural palaciana da primeira metade do século XVI.
Em 2008, a Fundação levou a cabo um projeto de valorização e requalificação do jardim das Casas Pintadas e, em 2011, o conjunto fresquista foi objeto de estudo e de uma intervenção de consolidação e restauro, estando hoje acessível ao público através de um programa de visitas guiadas.